Preparativos
Turistas brasileiros podem entrar e permanecer no Marrocos por até 90 dias isentos de visto, mas o passaporte deve ter validade de no mínimo seis meses. Para estudos e negócios é necessário solicitar vistos específicos - as informações devem ser obtidas junto aos consulados.
Quanto à saúde, encontramos recomendações variadas sobre vacinas - contra tétano, tuberculose, hepatite A, tifoide e cólera, sendo apenas esta última mencionada como obrigatória se o visitante partir de uma área com ocorrência da doença. Neste caso, fundamental mesmo é estar com todas as vacinas em dia, para evitar sustos.
O Seguro Viagem para o país pode ser escolhido de duas maneiras: se a viagem for se limitar ao país ou aos arredores dentro do continente, acesse www.seguroviagem.srv.br e faça a cotação com destino "África". Como não existe nenhum valor mínimo de cobertura para a região, os planos serão bem variados quanto a coberturas e valores. Porém, se a viagem for atravessar o Estreito de Gibraltar e seguir para a Espanha - ou, de alguma outra forma, para países europeus - considere fazer sua cotação com destino "Europa", pois assim você terá um plano com cobertura mundial que atende ao Tratado de Schengen, que vigora na maior parte do continente.
Nas grandes cidades marroquinas é possível encontrar boas clínicas privadas para atendimento médico, inclusive com profissionais formados na Espanha e na França, mas além do seguro é importante também ter atenção - como já mencionamos no post sobre a Índia, é indispensável ter cuidado com a higiene, sobretudo no que se refere às comidas e às bebidas, e dar preferência à água comprada em garrafas lacradas.
Desde o final de 2013 há voos diretos do aeroporto de Guarulhos para o Marrocos pela Air Royal Maroc, o que facilita bastante a viagem, e diz-se que o país é barato para brasileiros - a moeda local, o Dirham, está cotado em cerca de 3.46 para cada real. Na volta, fique atento, pois é proibido sair com dinheiro marroquino do país (e também entrar, portanto não vale a pena guardar mesmo que deseje retornar em breve).
Curiosidades
O Marrocos atrai cerca de 15 mil turistas brasileiros por ano. Os viajantes não tem obrigação de vestir nenhum tipo específico de roupa para circular no país, mas indica-se o uso de calçados fechados para circular nas cidades, principalmente nos mercados, e as mulheres podem preferir vestir-se de forma mais discreta para evitar situações constrangedoras - a cultura patriarcalista do país pode resultar em olhares indiscretos dos homens e, no caso de mulheres viajando sozinhas, é importante saber se esquivar da abordagens de estranhos.
O principal evento anual no país é o Ramadã, quando os muçulmanos jejuam durante o dia - esta celebração dura um mês, mas não corresponde diretamente a nenhum de nosso calendário, já que se baseia no calendário lunar islâmico. Este ano o Ramadã está previsto para durar de 28 de junho a 27 de julho, mas os turistas não precisam se preocupar em não ter onde comer, pois os restaurantes frequentados por estrangeiros mantém o funcionamento normal.
O país tem raízes culturais muito diversas - pela sua posição geográfica, tem costa no Atlântico e no mar Mediterrâneo, faz fronteira com a Espanha pelo Estreito de Gibraltar e esteve sob domínio português entre 1471 e 1661, depois da França entre 1904 e 1956 - sendo que este último influenciou bastante a cultura e atualmente o idioma francês é bem compreendido no Marrocos, muito mais do que inglês ou espanhol. A influência da Espanha está muito mais presente na paixão dos marroquinos pelo futebol e pelos clubes espanhóis.
Em relação à gastronomia, os marroquinos apreciam muito doces e chás, principalmente o de hortelã, e sua culinária reúne influências dos povos nômades do deserto, da cozinha mediterrânea, da árabe e da francesa, e utilizam vários condimentos.
Outra curiosidade é que o país é bastante lembrado por Casablanca, o clássico filme de 1942. Entretanto, apesar de levar o nome da cidade marroquina, não teve nenhuma cena rodada na África. Porém, outros clássicos do cinema tiveram o Marrocos como locação, como Otelo (Orson Welles, 1949), Lawrence da Arábia (David Lean, 1962) e A Última Tentação de Cristo (Martin Scorcese, 1988), e alguns mais recentes, como os sucessos Gladiador (Ridley Scott, 2000) e A Origem (Christopher Nolan, 2010).
A época mais indicada para visitar o Marrocos é de outubro a maio, por questões climáticas. O país é um dos mais antigos da África e, não à toa, é um dos destinos turísticos mais atraentes do mundo - com um pouco de tudo, o viajante tem contato com sua rica cultura e pode visitar cenários tão diferentes como praias, desertos, oásis, cidades históricas e montanhas para esquiar.
Rabat, a capital, é uma cidade tranquila e um dos principais pontos turísticos é a Torre de Hassan, iniciada no século XII, mas inacabada. O minarete tem 44 metros de altura e centenas de colunas romanas em seu entorno. Há também o mausoléu real e o Musée National de Bijoux, que vale a pena ser visto tanto pela coleção de arte nacional quanto pelo palácio do século XVII que o sedia.
Casablanca tem muito mais do que o apelo do filme - é moderna e a maior cidade do país, com costa no Atlântico e arquitetura inspirada em Marselha. Costuma ser a porta de entrada dos visitantes do Marrocos e a principal atração é a mesquita de Hassan II, a segunda maior do mundo
Fez já foi capital do país. Fundada no século IX, foi a maior cidade do Marrocos e é referência com seu artesanato em couro e madeira. O principal ponto de interesse para os visitantes é a medina de Fez El-Bali, nomeada Patrimônio da Humanidade em 1981.
Marrakech é uma das cidades que mais atrai turistas ao Marrocos. A praça Djemaa el-Fna tem a fama de ser "onde tudo acontece" - entre barracas de comida, é possível assistir apresentações de artistas de rua, encantadores de serpente, acrobatas e contadores de história. Perto dali, há a mesquita Kutubia, com sua torre de 69 metros. Ambos os pontos turísticos estão dentro da cidade fortificada, também considerada Patrimônio Mundial em 1985. Perto da cidade fica Oukaimden, uma das estações de esqui do país.
Por último, Meknès, outra cidade bem antiga e que também já foi capital e é Patrimônio Mundial. Apelidada de "Versalhes marroquina", a cidade mistura arquitetura islâmica e europeia dentro de suas muralhas.
