sexta-feira, 26 de abril de 2013

Seguro Saúde, Seguro Viagem, Assistência Viagem e Contratação Ilegal.

Uma das dúvidas mais frequentes que as pessoas manifestam a respeito do Seguro Viagem é a diferença entre os termos que aparecem por aí. Para ajudar a esclarecer um pouco e, respondendo à pergunta de um leitor, aproveito para explicar sobre a ilegalidade de contratar seguros no exterior. Acompanhem:


Assistência Viagem, Seguro Viagem e Seguro Saúde
O Seguro Saúde costuma ser exigido por diversos países, seja para concessão de vistos ou para o acesso e permanência por tempo determinado sem necessidade de visto - como ocorre nos países do Espaço Schengen. No Brasil é comum as seguradoras trabalharem com o Seguro Viagem, que fornece outras coberturas além do atendimento médico.

A diferença que vários sites mais apontam entre Seguro Viagem e Assistência Viagem é referente ao atendimento por reembolso ou em rede credenciada, mas as seguradoras atualmente trabalham com estas duas modalidades mescladas no mesmo plano.

Porém, é fundamental que o segurado se atente ao procedimento: em primeiro lugar, entre em contato com sua seguradora, antes de assumir qualquer despesa. Desta forma você evita ter gastos sem confirmar se estão contemplados pela cobertura de seu plano.

O ideal é ler todas as informações sobre o plano que está contratando e ter critérios na escolha além do preço, pois assim o relacionamento com a seguradora na hora que precisar dela será mais fácil.

Para atendimento médico, por exemplo, a seguradora pode indicar hospitais e médicos credenciados, mas em caso de emergência, quando o segurado não conseguiu realizar o contato antes de ir para algum hospital, é necessário entrar em contato nas primeiras 24 horas ou antes de deixar o hospital, para que a própria seguradora possa efetuar o pagamento - ou, se for o caso de reembolso, solicite orientações sobre a documentação comprobatória que deve ser enviada, como deve ser feito este envio e quais os prazos, tanto para o envio quanto para o retorno. Esta postura evita que por falta de informação você tenha gastos desnecessários e não reembolsáveis.


CDAM, NHS, PB4 e o Guia do Viajante
Cada viagem é uma viagem. Por isso, é importante que mesmo as pessoas mais acostumadas com um destino verifiquem se não houve nenhuma alteração nas regras de entrada e permanência no país.
Em relação ao Seguro Saúde, ele é exigido em boa parte da Europa, mas algumas pessoas são resistentes aos planos particulares e argumentam a favor do serviço público de saúde ou, no caso de estudantes, os planos de saúde das universidades.

O próprio Guia do Viajante da Anvisa indica que se considere a contratação de um plano particular, pois existem alguns poréns, principalmente para quem for passar longos períodos: o Certificado de Direito a Assistência Médica (CDAM), fornecido para contribuintes do INSS, é restrito a alguns países que possuem acordos com o Brasil, assim como o PB4 (apenas para Portugal), pois nestes casos o viajante não estará coberto em países que não fazem parte deste acordo, e terão que arcar com as despesas caso precisem de algum atendimento.

Outro serviço muito comentado é o National Healthcare Service (NHS), que é o serviço público de saúde do Reino Unido - semelhante ao nosso SUS. Como já foi mencionado no post sobre a Inglaterra, dependendo do caso o paciente estrangeiro pode ser cobrado. Além disso, notícias recentes indicam que a rede, que já foi apontada com o melhor serviço público de saúde no mundo, está sofrendo uma crise séria, relacionada a negligência e maus tratos aos pacientes.

Quanto aos seguros das universidades, é comum encontrar relatos de alunos que só possuem cobertura na região do campus e durante o período letivo.


Contratação Ilegal
[Agradeço a Rafael Antonello, da FUNENSEG, pelas informações referentes às contratações ilegais].
A Superintendência de Seguros Privados do Brasil (SUSEP) - órgão que regula a atuação das seguradoras e define as regras que elas devem seguir para garantir, por exemplo, que o pagamento será realizado em caso de sinistro, e que os seguros comercializados sejam validados, evitando que planos muito limitados sejam oferecidos - estabeleceu questões legais com a finalidade de evitar a evasão de divisas, sonegação de impostos e lavagem de dinheiro.

A SUSEP só tem poder para fiscalizar empresas com sede no Brasil, por isso ela determinou que apenas seguradoras brasileiras podem comercializar seguros de vida e saúde para brasileiros. Assim, muitos brasileiros que não conhecem estas regras acabam optando por contratar planos no exterior, de empresas que não possuem a autorização do órgão e por isso ficam em situação irregular - e por isso, ilegal.

Em decorrência destes contratos irregulares, uma série de complicações podem ocorrer - talvez não em casos mais simples, quando a seguradora efetua o pagamento direto para o hospital ou clínica que realizou o atendimento, mas em casos que envolvam exames ou tratamentos prolongados, nos quais o procedimento mais comum entre as seguradoras é o pagamento por reembolso. 

Como não possuem autorização da SUSEP para comercializar seguro de saúde para brasileiros, estas seguradoras não podem realizar o pagamento do reembolso para uma conta bancária brasileira, por isso pedem a abertura de uma conta no país onde está, e assim transferem a responsabilidade da transferência do valor para o Brasil e declaração fiscal para o segurado. Estes valores, entretanto, não podem ser declarados no Imposto de Renda, pois conforme as regras da SUSEP este recebimento é irregular e configura evasão de divisas, o que na prática, significa que o valor fica disponível em uma conta no exterior, mas não pode ser transferido para o Brasil.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Seguro Viagem - Portugal

Universidade de Coimbra, uma das que mais recebe alunos brasileiros.

Embora os destinos mais procurados em agências de intercâmbio sejam os países de língua inglesa, esta lógica se inverte um pouco no caso de bolsistas

Somando os bolsistas de graduação e pós-graduação, o segundo destino mais concorrido é Portugal, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, e o motivo para isto é simples: a falta de proficiência em inglês, que é um pré-requisito para o ingresso de estrangeiros em diversas universidades espalhadas pelo mundo, acaba atraindo os universitários para um lugar onde o idioma não é um obstáculo.

Para reduzir a busca desproporcional por vagas em universidades portuguesas, o governo federal propôs a diversos candidatos a possibilidade de reoptar por outro país de destino, incluindo na bolsa de estudos alguns meses de ensino do idioma do país desta nova opção.

Visto
Segundo a Embaixada de Portugal, há um acordo que permite aos brasileiros em viagem de turismo, negócios, cobertura jornalística e missão cultural, ingressar e permanecer no país sem necessidade de visto por até 90 dias. Como as bolsas de estudos tem duração mínima de seis meses, é necessário que o estudante obtenha o Visto de Residência. Para obtenção deste visto, é necessário apresentar um documento da universidade de destino que confirme a admissão do aluno.

Além deste documento específico para estudantes, é necessário apresentar também outros, comuns a todos os tipos de visto:

- Requerimento próprio, fornecido pela Seção Consular
- Passaporte com validade de três meses além da vigência do visto
- Duas fotografias iguais, tipo passe, atuais, coloridas, com fundo liso.
- Título de transporte que assegure seu regresso
- Seguro Viagem [Também chamado de seguro saúde ou seguro médico de viagem. Neste caso é importante observar que, como Portugal faz parte do Acordo Schengen, o seguro deve ter a cobertura mínima de 30 mil Euros em assistência médica]
- Requerimento para consulta do registro criminal português pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), fornecido no Posto Consular mediante à entrega do restante dos documentos.
- Certificado de registro criminal do país de origem
- Comprovação de alojamento
- Comprovação de meios de subsistência [no caso, comprovativo da bolsa]


Seguro Viagem
Há diversos grupos no Facebook discutindo tópicos do edital, onde uma das dúvidas mais frequente é quanto ao seguro. Muitos dos estudantes estão saindo do país pela primeira vez, e até então nem sabiam da existência deste tipo de plano - mas há também grupos focados em seguro para bolsistas que podem esclarecer alguns pontos. É fundamental que o candidato opte por um plano que cubra as exigências do país de destino - e eventualmente da própria universidade - para não acabar contratando um seguro que não atenda às necessidades e acabe sendo um desperdício dos recursos da bolsa.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Seguro Viagem para Inglaterra

London calling!

Atualmente a internet é uma facilidade que permite que muitas pessoas planejem suas viagens nos mínimos detalhes, para evitar imprevistos e aproveitar o máximo, mas também há muita gente que está saindo do país pela primeira vez, e assim nem imagina quais providências seriam importantes tomar, além dos itens obrigatórios, para poder buscá-las.

A Inglaterra é um dos destinos mais procurados por estudantes de intercâmbio e por turistas em viagem pela Europa. Para entrar lá não são exigidas vacinas e nem o Seguro Viagem, porém é MUITO importante ficar atento a estes pontos - há menos de dois anos, por exemplo, houve uma grave epidemia de sarampo que atingiu diversos países europeus, inclusive a Inglaterra. Por isso, é fundamental estar com todas as vacinas em dia.

Além disso, mesmo que exista o NHS (National Health Service), que é o serviço público de saúde do país, semelhante ao nosso SUS, dependendo do caso o paciente estrangeiro pode ser cobrado - e considerando que uma libra custa cerca de três reais, esta cobrança pode ser bem cara no fim das contas.

Outro ponto que vale a pena considerar: é muito comum que estudantes que ficarão meses morando no país decidam conhecer outros países da Europa, e muitos turistas costumam programar viagens com uma rota de cidades em diversos países, e aí acabam cruzando com a obrigatoriedade - o Tratado de Schengen, ou Acordo Schengen, é uma convenção que surgiu na metade da década de 80 e definiu o Espaço Schengen, no qual há livre circulação de pessoas e, embora seja uma área de livre circulação, para ingressar nela é exigido o Seguro Viagem com 30 mil euros de cobertura para assistência médica.

A Inglaterra não faz parte deste acordo, mas se você estiver em Londres e decidir conhecer Paris, por exemplo, vai precisar ter o seguro e, por já estar fora do Brasil, o procedimento para obtê-lo geralmente é bem mais burocrático e suas opções ficam mais restritas.

Algumas pessoas apontam os seguros adquiridos na Europa como uma alternativa mas, de acordo com as regras da SUSEP, que é a instituição que fiscaliza a comercialização de seguros no Brasil, é ilegal um brasileiro contratar esse serviço no exterior - esta medida foi tomada pelo governo brasileiro para coibir a evasão de divisas, sonegação de impostos e tentativas de lavagem de dinheiro.

É possível localizar planos de seguradoras autorizadas pela SUSEP que cumpram as exigências do Espaço Schengen - e, ao mesmo tempo, tenham cobertura na Inglaterra - com preços bem variados. Para uma viagem de um mês existem opções de R$ 258.59 a R$ 1497.32, e o que faz esses valores variarem tanto são os tipos de cobertura. Muitas vezes o objetivo da viagem e o perfil do viajante que determinam qual o seguro mais adequado, por isso vale a pena olhar com cuidado as condições do serviço que pretende contratar, e se atende seus critérios.

Vai pra Inglaterra e tem outras dúvidas? Quer dividir uma experiência que teve no país? Deixe um comentário! ;D

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Apresentação

Olá!

Esta é a primeira postagem do blog Compare Seguro Viagem. A ideia é ajudar quem precisa deste tipo de serviço a tirar dúvidas, conhecer as seguradoras, ter informações sobre os lugares onde ele é obrigatório e divulgar a experiência de quem realmente precisou utilizá-lo.

Você também pode ficar sabendo das nossas atualizações pelo Twitter (@blogcompare) ou participando de nosso grupo no Facebook e pode contribuir nos enviando sua experiência para blogcompare@gmail.com.

Seja bem-vindo!